sexta-feira, 05 de dezembro de 2025

Epicondilite Lateral (Cotovelo de Tenista): Guia Completo

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Redacao Digital 2 dias atrás - 4 minutos de leitura
Epicondilite Lateral (Cotovelo de Tenista): Guia Completo
Epicondilite Lateral (Cotovelo de Tenista): Guia Completo

Você sente dor na parte externa do cotovelo ao segurar algo, virar uma chave ou segurar a raquete? Isso pode ser epicondilite lateral, também chamada de cotovelo de tenista. Neste guia vou explicar de forma direta o que é, como identificar, tratar em casa e quando buscar ajuda especializada. Prometo linguagem simples, exercícios práticos e passos claros que você pode aplicar já.

O que este artigo aborda:

O que é epicondilite lateral

A epicondilite lateral é uma inflamação ou microlesão nos tendões que prendem os músculos do antebraço ao lado externo do cotovelo. A dor surge pela sobrecarga desses tendões durante movimentos repetitivos.

Apesar do nome cotovelo de tenista, não é só jogador de tênis que tem esse problema. Qualquer atividade com repetição do punho e do antebraço pode provocar a lesão.

Causas mais comuns

As causas envolvem microtraumas por excesso de uso e técnica inadequada. Veja os gatilhos mais frequentes:

  • Atividades repetitivas: Trabalho manual, jardinagem, digitação ou esportes com raquete.
  • Técnica inadequada: Uso errado da raquete, ferramentas ou postura que aumenta a tensão.
  • Esforço súbito: Movimentos fortes e inesperados que sobrecarregam o tendão.

Sintomas típicos

Os sintomas aparecem de forma gradual em geral. Fique atento a:

  • Dor localizada: Na borda externa do cotovelo, especialmente ao segurar ou torcer o antebraço.
  • Fraqueza: Dificuldade para segurar objetos ou fazer preensão forte.
  • Piora com atividade: Dor aumenta ao realizar movimentos repetidos do punho.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico começa com exame clínico. O médico testa movimentos que reproduzem a dor e avalia sua história de atividades.

Em casos duvidosos ou persistentes podem ser solicitados exames de imagem, como ultrassom ou ressonância, para avaliar a extensão da lesão.

Tratamento inicial e medidas caseiras

Na maioria dos casos o tratamento conservador resolve. A base é descanso relativo e reabilitação progressiva.

  1. Descanso: Pare as atividades que causam dor por algumas semanas ou diminua a intensidade.
  2. Gelo: Aplique gelo 15 minutos, 3 vezes ao dia, nas primeiras 48 a 72 horas ou quando a dor aumentar.
  3. Anti-inflamatórios: Medicamentos orais ou pomadas podem aliviar, sempre com orientação médica.
  4. Órtese ou cinta: Usar uma braçadeira para epicondilite pode reduzir a carga sobre o tendão durante atividades.
  5. Fisioterapia: Exercícios específicos, terapia manual e alongamentos ajudam a recuperar a função.

Quando procurar um especialista

Procure atendimento se a dor não melhorar após 6 a 8 semanas de tratamento conservador, ou se houver perda significativa de força. Um especialista em cirurgia do ombro e cotovelo pode avaliar opções como infiltração, terapias guiadas por imagem ou, em casos raros, cirurgia.

Exercícios úteis (progressão segura)

Comece leve e aumente a carga só quando a dor permitir. Faça os movimentos devagar e pare se a dor piorar.

  1. Alongamento de extensores: Estenda o braço com a palma para baixo e puxe os dedos para baixo com a outra mão. Segure 20 a 30 segundos.
  2. Fortalecimento excêntrico: Com um peso leve, use a mão afetada para controlar a descida do punho; suba com a outra mão. 3 séries de 10 repetições.
  3. Pronação e supinação: Segure um martelo leve e gire o antebraço lentamente, 3 séries de 10 para cada lado.

Prevenção para evitar recidiva

Prevenir é simples quando você ajusta movimentos e fortalece a musculatura. Experimente estas medidas:

  • Ajuste de técnica: Revise postura e movimentos no trabalho ou esporte para reduzir carga nos tendões.
  • Fortalecimento regular: Mantenha exercícios de antebraço na rotina duas a três vezes por semana.
  • Pauses planejadas: Faça pequenas pausas em tarefas repetitivas para evitar sobrecarga.
  • Ferramentas adequadas: Use equipamentos e ferramentas que reduzam a tensão, como cabos ergonômicos.

Casos que podem precisar de procedimentos

Quando a dor não cede com fisioterapia e medidas conservadoras, há alternativas. Infiltrações com corticosteroide ou plasma rico em plaquetas são opções que alguns médicos sugerem, conforme a situação.

Em menos de 5% dos casos, lesões crônicas ou rupturas de tendão podem requerer cirurgia. A indicação é individual e deve ser discutida com um profissional.

Perguntas frequentes rápidas

Quanto tempo para melhorar? Com tratamento adequado a melhora costuma ocorrer em 6 a 12 semanas, mas a recuperação completa pode levar mais tempo.

É contagioso? Não. Epicondilite lateral não é uma doença contagiosa, é uma lesão por uso repetitivo.

Conclusão

Epicondilite lateral é uma causa comum de dor no cotovelo, mas costuma responder bem ao tratamento conservador. Identifique cedo, diminua a sobrecarga, faça exercícios de reabilitação e ajuste a técnica nas suas atividades. Se a dor persistir, consulte um especialista para avaliação de opções avançadas. Aplicando as dicas deste Epicondilite Lateral (Cotovelo de Tenista): Guia Completo você aumenta muito as chances de voltar às suas atividades sem dor. Experimente as medidas e procure ajuda quando necessário.

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